Culpa, Felicidade e Esperança

Ontem é o pai do hoje e o avô do amanhã, como todo pai, implicante com seu filho, conflituoso, crítico e rabugento, dizendo a ele o que classifica como certo, o que entende como errado, e estabelecendo em relação ao filho um bocado de julgamentos. Já como avô, para o amanhã, o ontem se distância e estabelece um ar sênior e sábio, mostrando do alto de sua sabedoria, que não é o caso de haver e fazer tanto julgamento, tanta critica, tanta implicância, e o amanhã, filho do hoje e neto do ontem, se vê carregado de esperança e expectativas, construindo projetos e sonhos. Porém quando se torna pai, ou se torna hoje, critica sua existência, e coloca, como em um looping infinito a expectativa no amanhã, seu filho, e somente o perdoa e ameniza essa carga de cobranças, quando se transforma em avô daquele que era hoje.

Incrível como o tempo repete padrões de uma vida e das relações Inter geracionais, trazendo para a superfície o conceito de felicidade. O que é esta bendita ou maldita felicidade? Esta no ontem, no hoje ou no amanhã? E talvez a busca incessante por ela possa ser ao mesmo tempo a causa de sua contra parte, sua irmã, a infelicidade. Porque não viver tão somente o hoje, sem a culpa do ontem, e as esperanças do amanhã. 

Talvez esses também possam ser os nomes do ontem, do hoje e do amanhã, culpa, felicidade e esperança. A sabedoria de uma vida plena, talvez esteja no agora, no filho, no hoje, na felicidade.

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